segunda-feira, 27 de setembro de 2010

AULA 24/09/2010

CITOCINAS

            As citocinas são proteínas secretadas pelas células da imunidade natural e adquirida que medeiam muitas das funções dessas células. As citocinas são produzidas em resposta a microrganismos e outros antígenos, e diferentes citocinas estimulam respostam respostas diversas das células envolvidas na imunidade e inflamação. Na fase de ativação das respostas imunes adquiridas, as citocinas estimulam o crescimento e a diferenciação de linfócitos, e nas fases efetoras da imunidade natural e adquirida, elas ativam ativam diferentes células efetoras para eliminar microrganismo e outros antígenos. As citocinas também estimulam o desenvolvimento de células hematopoéticas. Em medicina clínica, as ciocinas são importantes como agente terapêuticos e como alvos para antagonistas específicos em numerosas doenças imunológicas e inflamatórias.
            A nomenclatura das citocinas é freqüentemente baseada em suas fontes celulares. As citocinas que sçao produzidas por fagócitos mononucleares eram originalmente chamadas de monocinas, e aquelas produzidas por linfócitos eram chamadas de linfocinas. Com o desenvolvimento de anticorpos anticitocina e sondas moleculares, tornou-se claro que a mesma proteína pode ser sintetizada por linfócitos, monócitos e uma variedade de células teciduais, incluindo células endoteliais e algumas células epiteliais. Desse modo, o termo genérico citocinas é o nome preferido para essa classe de mediadores. Como muitas citocinas são sintetizadas por leucócitos e atuam em outros leucócitos, elas também são chamadas de interleucinas. Esse termo é imperfeito porque muitas citocinas que são sintetizadas apenas por leucócitos e que atuam apenas sobre leucócitos não são chamadas de interleucinas, por razões histórica, enquanto muitas citocinas chamadas de interlucinas são fabricadas por um agem sobre outras células que são os leucócitos. Entretanto, o termo é útil porque, à medida que novas citocinas são caracterizadas molecularmente, elas recebem um numero de interleucina para manter uma nomenclatura padronizada. As citocinas estão sendo cada vez mais usadas em situações clínicas e em estudos animais para estimular ou inibir inflamação, imunidade e hematopoese.


            Suas ações podem ser:
- Autócrina (a célula que produziu a enzima atua sobre a própria célula que ela produziu);
- Parócrina (a ação da citocina é próxima daquela que á produziu);
- Endócrina (ela é lançada na corrente sanguínea para uma célula distante);
- Pleiotropismo (efeitos múltiplos sobre mais de um tipo celular, ou seja efeitos diversos);
- Redundância (ocorre quando duas ou mais citocinas apresentam a mesma ação “repetitivas”);
- Sinergia (citocinas diferentes apresentam efeito potencializado quando atuam juntas);
- Antagonismo (citocinas que apresentam efeitos contrários).


Classificação funcional:
  • estimulam ou inibem as reações inflamatórias
  • IL-1, IL-6, IL-12, IL-16, TNF-alfa, IFN-alfa, INF-ß.
Quimiocinas: são citocinas quimiotáticas que atraem leucócitos aos locais de infecção.
Mediadores de regulação da imunidade especifica:
  • produzem-se em resposta à activação dos linfócitos T;
  • potenciam as reacções imunitárias;
  • IL-2, IL-4, TGF-ß, INF-y.
Estimuladores da proliferação e diferenciação dos percursores hematopiéticos: - SCF, IL-3, IL-7, G-CSF, GM-CSF, M-CSF.
Mediadores e reguladores da imunidade inata
Reconhecimento do vírus. Os RNSs virais induzem a libertação de interferons de tipo I que inibem a replicação viral e proliferação celular; incrementam o potencial litico das celulas NK; e estimulam a expressão de moléculas MHC I.
Detecção de vírus pelas células NK. As células NK activadas liberam citocinas que activam fagócitos, neutrófilos e células endoteliais.
Detecção de bactérias pelos fagócitos mononucleares. Os monócitos/macrófagos activados produzem citocinas que levam à activação de respostas sistémicas como o aumento de temperatura</nowiki>, activação das células T e B e libertação de outras citocinas.

Citocinas mediadoras da função dos linfócitos T e B
Os linfócitos T activados libertam um grande número de citocinas que controlam os efectores da resposta imunitária. Actuam sobre macrófafos, eosinófilos e células endoteliais. Estes participam na diferenciação dos TH em TH1 e TH2.



Citocinas estimuladoras da hematopoiese
Denominam-se fatores estimulantes de colonias(CFS). Estimulação de novas células que substituem as utilizadas na resposta imunitária.

Referências: ABBAS K. ABUL; LICHTMAN; PILLAI SHIV. Imunologia Celular e Molecular. Editora Ltda Elsevier. RJ, 2008.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Citocina



            Essas substancias têm, na maior parte das vezes, ação fisiológica no microambiente onde são produzidas. Entretanto, no caso de sua aplicação para a imunoterapia do câncer, passam a ser usadas em doses muito maiores do que as usualmente encontradas no organismo, exercendo, assim, ação sistêmica. Como conseqüência, o uso clinico de citocinas está associado a efeitos adversos muito importantes, freqüentemente, limitantes para i seu uso.
            As citocinas não são, a princípio células citotóxicas, que devem levar células tumorais à morte, como os quimioterápicos, mas sim substancias moduladoras da função celular.

Forma de imunoterapia
passiva
Inespecífica
Interferon - alfa

Interleucina - 2

Fator de necrose tumoral
Específica
Anticorpos monoclonais




http://www.scielosp.org/scielo.php%3Fscript%3Dsci_arttext%26pid%3DS0036-36342005000600011&usg

                  Citocinas são do próprio corpo moléculas de sinalização que são muitas vezes formadas durante a resposta imune. Elas influenciam, entre outras coisas, o crescimento das células. As citocinas também são mediadores interferon e interleucina, que ocorrem em diferentes formas. para o tratamento do câncer utilizando interferon e interleucina usa o conhecimento sobre a função destes mensageiros químicos que ativam o sistema imunológico e fortalecer contra certos tipos de câncer. Como efeitos colaterais da terapia do câncer com interferon ou interleucina pode parecer à primeira vista sintomas gripais, como febre, dores no corpo e dores de cabeça, e depois aumentou os prejuízos, tais como depressão e confusão.

Interferon em câncer.O interferon é uma molécula de sinalização endógena que permite que o sistema imunológico em alerta e aumentou dirige certas células do sistema imune nessas regiões do corpo, no qual as células são infectadas ou células cancerosas. Podemos distinguir vários tipos de interferon.
Em particular, o interferon alfa no tratamento de alguns tipos de câncer é utilizado, geralmente combinado com outros métodos de tratamento. Assim interferon alfa, por exemplo, no tratamento do câncer de linfoma não-Hodgkin determinados em carcinoma de células renais avançado ou câncer de pele para o tratamento de uma certa forma, o sarcoma de Kaposi da associada ao HIV, são utilizados.


        

sábado, 18 de setembro de 2010

SEMINÁRIO: ANTI-INFLAMATÓRIOS

Anti-inflamatório

A inflamação (do Latim inflammatio, atear fogo) ou processo inflamatório é uma resposta dos organismos vivos homeotérmicos a uma agressão sofrida. Entende-se como agressão qualquer processo capaz de causar lesão celular ou tecidual. Esta resposta padrão é comum a vários tipos de tecidos e é mediada por diversas substâncias produzidas pelas células danificadas e células do sistema imunitário que se encontram eventualmente nas proximidades da lesão.
A inflamação pode também ser considerada como parte do sistema imunitário, o chamado sistema imune inato, assim denominado por sua capacidade para deflagar uma resposta inespecífica contra padrões de agressão previamente e geneticamente definidos pelo organismo agredido. Esta definição se contrapõe à da imunidade adquirida, ou aquela onde o sistema imune identifica agentes agressores específicos segundo seu potencial antigênico. Neste último caso o organismo precisa entrar em contato com o agressor, identificá-lo como estranho e potencialmente nocivo e só então produzir uma resposta.
À agressão tecidual se seguem imediatamente fenômenos vasculares mediados principalmente pela histamina. O resultado é um aumento localizado e imediato da irrigação sangüínea, que se traduz em um halo avermelhado em torno da lesão (hiperemia ou rubor). (fig. 0.1) Em seguida tem início a produção local de mediadores inflamatórios que promovem um aumento da permeabilidade capilar e também quimiotaxia, processo químico pelo qual células polimorfonucleares, neutrófilos e macrófagos são atraídos para o foco da lesão. Estas células, por sua vez, realizam a fagocitose dos elementos que estão na origem da inflamação e produzem mais mediadores químicos, dentre os quais estão as citocinas (como, por exemplo, o fator de necrose tumoral e as interleucinas), quimiocinas, bradicinina, prostaglandinas e leucotrienos. Também as plaquetas e o sistema de coagulação do sangue são ativados visando conter possíveis sangramentos. Fatores de adesão são expressos na superfície das células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos internamente. Estes fatores irão mediar a adesão e a diapedese de monócitos circulantes e outras células inflamatórias para o local da lesão. (fig.0.2)

Fig. 0.1 Abscesso na pele, mostrando edema e hiperemia característicos da inflamação, com área central necrótica de cor escura.


Fig. 0.2 Os neutrófilos migram dos vasos sangüíneos para o tecido inflamado via quimiotaxia, e então removem os agentes patológicos através da fagocitose e da degranulação.

Em resumo, todos estes fatores atuam em conjunto, levando aos eventos celulares e vasculares da inflamação. Resulta em um aumento do calibre de capilares responsáveis pela irrigação sanguínea local, produzindo mais hiperemia e aumento da temperatura local (calor).  O edema ou inchaço ocorre a partir do aumento da permeabilidade vascular aos componentes do sangue, o que leva ao extravassamento do líquido intravascular para o espaço intersticial extra-celular. A dor, outro sintoma característico da inflamação, é causada primariamente pela estimulação das terminações nervosas por algumas destas substâncias liberadas durante o processo inflamatório, por hiperalgesia (aumento da sensibilidade dolorosa) promovida pelas prostaglandinas e pela bradicinina, mas também em parte por compressão relacionada ao edema.




Alimentos anti-inflamatórios
O sistema imunológico humano possui uma série de mecanismos inteligentes, capazes de ativar um exército de células e de reações químicas em defesa do organismo. Embora pareça um problema, uma inflamação específica de tecido ou de um órgão é, em muitos casos, a resposta da imunidade contra vírus, bactérias, produtos químicos e outras agressões externas. Durante o desenvolvimento do processo inflamatório, o sistema imunológico desencadeia várias mudanças metabólicas, celulares e hormonais, responsáveis por enviar ao local lesado anticorpos defensores de complicações. Essa reação em cadeia ocorre com maior ou menor intensidade conforme a resistência do indivíduo, adquirida em grande parte por uma alimentação adequada e rica em nutrientes “antiinflamatórios”!
Cientistas, nutrólogos e nutricionistas explicam que algumas substâncias, como o ácido graxo ômega 3, a alicina, a antocianina e a vitamina C, são classificados dessa forma, pois têm capacidade de aumentar a secreção de alguns hormônios que inibem e/ou bloqueiam a ação inflamatória para reparar uma lesão. “O processo inflamatório serve como barreira do organismo para microrganismos nocivos não penetrarem nas mucosas e feridas e comprometerem a saúde. Sendo que, os alimentos têm um papel muito importante nesse processo, pois ajudam a fortalecer o sistema imunológico e o equilíbrio de todas as funções básicas do organismo”, afirma Roseli Rossi, nutricionista especialista em Nutrição Clínica, ao acrescentar que: “Atualmente, muitos  estudos estão em desenvolvimento no mundo para explicar a atividade antiinflamatória de alguns compostos existentes nos alimentos”. (fig. 0.3)


Os pesquisadores relatam que a quantidade de agentes fitoquímicos (vitaminas, minerais e antioxidantes), de ácidos graxos essenciais, de complexos bioativos e a carga glicêmica dos alimentos são os fatores que conferem maior ou menor capacidade antiinflamatória aos alimentos. Baseada nesses critérios, a nutricionista norte-americana Monica Reinagel, autora do livro The Inflammation Free – Diet Plan conseguiu atribuir em suas pesquisas um Fator Inflamatório (IF) a uma série de alimentos, que exercem impacto positivo ou negativo sobre o organismo quando entra na circulação. Na tabela de Reinagel, o alho macerado, por exemplo, possui IF positivo de 4939, fator que coloca o alimento no topo dos classificados como antiinflamatórios, já que possui substâncias bioativas com potencial de modular o processo inflamatório. O salmão vem logo em seguida com IF 601, seguido do atum (IF 464) e da cebola (IF 387). Os peixes, em especial de águas frias, são ótimas fontes de ácidos graxos ômega 3, que são convertidos em substâncias semelhantes aos hormônios que reduzem inflamações, assim como o azeite de oliva extravirgem e a semente de linhaça.

“O ômega 3 é um ácido graxo monoinsaturado que colabora com a redução do LDL-colesterol e o aumento do HDL. Com o colesterol em dia, esses nutrientes antiinflamatórios acabam tendo função cardioprotetora também”, informa Roseli Rossi. Graças à existência de fitoquímicos como a catequina, esse benefício ao coração também é conferido ao chá verde, extraído da Camellia sinensis e rico em antioxidantes. A nutricionista explica que os nutrientes presentes no chá verde favorecem a menor absorção de gordura e a redução do LDL-colesterol, o que reduz o risco para doenças cardiovasculares.

Também estão na lista de nutrientes antiinflamatórios a vitamina C, presente nas frutas cítricas e no brócolis; a antocianina existente nas frutas vermelhas como romã, melancia, cereja, morango e goiaba; o licopeno do tomate e a quercetina da maçã, entre outras verduras e frutas que possuem fitosubstâncias com propriedade antiinflamatória. (fig. 0.3)



Referência:
http://www.exercitandosaude.com.br/index.php?conteudo=select_alirecom2&id=99

Fig. 0.3



FÁRMACOS ANTI-INFLAMATÓRIOS

Enquanto a palavra inflamação é derivada do latim in significando "em" associado a flamma que significa "fogacho" (calor e rubor) + o sufixo ação (atividade), no termo anti-inflamatório é acrescentado o prefixo derivado do grego anti que significa "contra" a inflamação.
Como a inflamação geralmente provoca o edema e outras alterações que afetam as
terminações nervosas provocando a dor, a melhora da inflamação leve a moderada diminui a sensibilidade dolorosa, tendo os anti-inflamatórios, portanto, também ação analgésica.
A palavra analgésico deriva de analgesia, do grego an que significa "sem", e, de algon, significando "dor".
A inflamação é desencadeada pela liberação de mediadores químicos originados nas células migratórias e nos tecidos lesados. A inflamação pode ser uma resposta protetora e normal quando causada por agentes microbiológicos, por substâncias químicas ou por trauma físico podendo ser benéfica. Entretanto, a inflamação pode ser também provocada impropriamente por um agente inócuo ou por doença auto-imune, como ocorre na Artrite Reumatóide, sendo lesiva ou deletéria.
As doenças auto-imunes são provocadas pelo ataque do sistema imune do organismo a seus próprios tecidos, ou seja, são provocadas por respostas imunes inadequadas.
Os mediadores químicos variam de acordo com o processo inflamatório. Os fosfolipídios das membranas plasmáticas liberados pela destruição das células (por exemplo, dos neutrófilos, e, dos monócitos) podem ser transformados no ácido araquidônico em seus derivados, quase sempre através de enzimas especificas, levando formação de mediadores químicos que participam do processo inflamatório, conforme resumo do esquema no final desta Apostila.
A escolha e a via de administração dos medicamentos analgésicos dependem da natureza e da duração da dor.
Geralmente, a dor leve e moderada é tratada com os fármacos anti-inflamatórios não
esteróides denominados como AINEs (por exemplo, cefaléia, dismenorréia, dor articular e/oumuscular).
A dor aguda intensa (devido a queimaduras, pós-operatórias, fraturas ósseas, câncer, artrite grave) é tratada com derivados da morfina, denominados opióides.
A dor neuropática crônica (por exemplo, devido a amputação de extremidades) que não responde aos opióides é tratada com fármacos antidepressivos tricíclicos. Mas, devido a possibilidade de efeitos adversos dos fármacos anti-inflamatórios, inicialmente, deve-se considerar as opções não farmacológicas para o tratamento de problemas musculoesqueléticos comuns, como a perda de peso (para pacientes que se encontram acima do peso), e, a fisioterapia.


Referência: http://easo.com.br/Downloads/Farmacos%20Anti-inflamatorios.pdf

 

AULA 17/09/2010


Sistema complemento

            O sistema complemento é um dos principais mecanismos efetores da imunidade e é também um importante mecanismo efetor da imunidade inata. O nome sistema complemento é derivado de experimentos desenvolvidos por Jules Bordet após a descoberta dos anticorpos.
            O sistema complemento consiste em proteínas séricas e de superfície celular que interagem umas com as outras e com outras moléculas do sistema imunológico de uma maneira altamente regulada para gerar produtos que eliminem os microrganismos.
·         A ativação do complemento envolve a proteólise seqüencial de proteínas para gerarem complexos enzimáticos recém-agrupados com atividade proteolítica.
·         Os produtos da ativação do complemento se tornam ligados covalentemente às superfícies das células microbianas ou anticorpos ligados a microrganismos e a outros antígenos.
·         A ativação do complemento é inibida por proteínas reguladoras que estão presentes nas células do hospedeiro normal e ausentes no microrganismo.
          O sistema complemento é um conjunto de cerca de vinte proteínas no plasma. Possuem as seguintes funções: lise celular (rompimento de uma célula Ag); proteção de mediadores que atuam na inflamação e atraem fagócitos; opsonozação (facilita a fagocitose); cascata enzimática (que seria o conjunto de proteínas com função enzimática proteolítica com ação sobre outras proteínas, quebra de outras proteínas). (fig. 0.1) Essa cascata enzimática é ativada por três vias de ativação.


Vias de ativação do Complemento

            Existem três vias principais de ativação do complemento: a via clássica, a qual é ativada por certos isótopos de anticorpos ligados aos antígenos; a via alternativa, a qual é ativada nas superfícies das células microbianas na ausência de anticorpos; e a via da lectina, a qual é ativada por uma lectina plasmática que se liga a resíduos de manose nos microrganismos. (fig. 0.2)
            O evento central na ativação do complemento é a proteólise da proteína C3 do complemento para gerar produtos biologicamente ativos e a subseqüente ligação covalente de um produto de C3, denominado C3b, às superfícies das células microbianas ou aos anticorpos ligados aos antígenos.

Etapas da via alternativa
1- Clivagem espontanea de C3;
2- C3b se liga a superfície microbiana;
3- Ligação do fator Bb;
4- Forma-se C3 convertase
5- Quebra da C3;
6- C3b se liga a C3 convertase;
7- Formação da C5 convertase;
8- Quebra da C5, formando a C5 os outros processos serão iguais.
Etapas da via clássica
1- Ligação do Ac . IgM ou IgG
2- Ligação da C1 ao Ac;
3- Quebra da C4 e C2;
4- Formação da C3 convertase;
5- Quebra da C3;
6- C3b se liga a C3 convertase;
7- Formação da C5, formando a C5 os outros processos serão iguais.
Etapas da via lectina
1- Presença de Manose;
2- Ligação da lectina;
3- Quebra da C4 e C2;
4- Formação da C3 convertase;
5- Quebra da C3
6- C3b se liga a C3 convertase;
7- Formação da C5.



AULA 03/09/2010

COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE

        É uma grande região genômica ou família de genes encontrada na maioria dos vertebrados. É a região mais densa de genes do genoma dos mamíferos e possui importante papel no sistema imune, auto-imunidade e no sucesso reprodutivo. As proteínas codificadas pelo MHC são expressas na superfície das células de todos animais com mandíbula, e apresenta tanto antígenos próprios (fragmentos de peptídeos da própria célula) e antígenos externos (fragmentos de microorganismos invasores) para um tipo de leucócito chamado célula T que tem a capacidade de matar ou co-ordenar a morte de patógenos, células infectadas ou com função prejudicada.
Existe dois tipos de MHC o de classe I e classe II. (fig. 0.1)

As moléculas do MHC de classe I, apresentam antígeno proteicos dos linfocitos Tcd8, e e os de classe II, apresentam um antígeno proteico dos linfócitos TCD4.

           
PROCESSAMENTO DE ANTIGENOS PROTEICO PARA APRESENTAÇÃO ASSOCIADA AO MHC CLASSE I

Ocorre da seguinde forma:
- PRODUÇÃO DE PROTEÍNAS CITOSÓLICAS (podem ser vírus ou microrganismos que invadiram a célula)
- DEGRADAÇÃO PROTEOLÍTICA (ocorre no proteossoma mais antes é necessário passar por uma ubiquinação que a ligação de ubiquitinas a proteína precisa para serem guiadas ao proteossoma)
- TRANSPORTE PARA O RE (é no RE que as MHC I  são sintetizadas, portanto o Ag tem que ir de encontro a ela)
- ASSOCIAÇÃO DO MHC AO Ag
- EXPRESSÃO (o complexo peptídico do MHC são revestidos por vesículas exócrinas no CG e são transportadas a superfície das células). (fig. 0.2)


PROCESSAMENTO DE ANTIGENOS PROTEICO PARA APRESENTAÇÃO ASSOCIADA AO MHC CLASSE II

Ocorre da seguinte forma:
- INTERIORIZAÇÃO (O Ag proteicos são capturados pelas APCs)
- PROCESSAMENTO (ocorre nos lisossomos e endossomos)
- BIOSSÍNTESE NO RE DE MHC II
- MHC CALSSE II SÃO LIGADOS A PROTEÍNAS I2 QUEM IMPEDE A LIGAÇÃO DOS PEPTÍDEOS NO RE
- ASSOCIA MHC CLASSE II
- ESPRESSÃO DO COMPLEXO PEPTÍDEO MHC II NA SUPERFÍCIE CELULAR DA APC. (fig. 0.3)


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

AULA 27/08/2010

IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA

            A imunidade natural (ou inata) é a linha de defesa inicial contra os microrganismos, consistindo em mecanismo e defesa celulares e bioquímicos que já existiam antes do estabelecimento de uma infecção e que estão programados para responder rapidamente a infecções.
            Os principais componentes do sistema imune natural são: barreiras químicas e físicas, tais como o epitélio e as substâncias antibacterianas nas superfícies epiteliais; células fagocitárias e células NK; proteínas do sangue, incluindo frações do sistema complemento e outros mediadores da inflamação e proteínas denominadas citosinas.
            A imunidade adquirida são respostas imunológicas estimuladas pela exposição a agentes infecciosos cuja magnitude e capacidade defensiva aumentam com exposições posteriores a um microrganismo em particular.
            Essa imunidade inclui a uma especificidade extraordinária para distinguir as diferentes moléculas e uma habilidade de se lembrar e responder com mais intensidade a exposições subseqüentes ao mesmo microrganismo.

Referência:
ABBAS K. ABUL; LICHTMAN; PILLAI SHIV. Imunologia Celular e Molecular. Editora Ltda Elsevier. RJ, 2008.

 

ANTICORPOS

            São proteínas circulantes produzidas nos vertebrados em resposta à exposição das estruturas estranhas, ou seja, é uma proteína capaz de reagir conta Ag. (fig. 0.1)
            Os anticorpos podem existir em duas formas: Anticorpos conectados à membrana na superfície dos linfócitos B funcionam como receptores para antígeno, e anticorpos secretados que residem na circulação, tecidos e locais mucosos conectam antígenos, neutralizam toxinas e evitam a entrada e disseminação de patógenos. 

               
CLASSES IMULOGICAS COM FUNÇÃO DE ANTICORPO

            IgG
-É a mais importante;
- Tem a função de aglutinação de Ag insolúveis e ativação do complemento;
-Facilita a fagocitose;
-Neutralizar as toxinas e vírus;
- E garante a imunidade ao recém nascido.

            IgM
-Presente como receptores de membrana;
-1° Ig produzida após contato com o Ag;
-Ativa o complemento.

            IgA
-Defesa contra infecções locais;
-Encontrada em secreções externas;
-Proteção das mucosas.

           
            IgE
-Defesa contra parasitas;
-Presente em níveis elevados em alérgicos;
-Presente nas membranas dos basófilos, eosinófilos, mastócitos.

            IgD
-Função incerta;
-Receptor de linfócitos B.


ANTÍGENOS
           
             Substâncias (proteínas, polissacarídeos, micorganismos) que apresentam:
-Antigenicidade;
-Imonogenicidade; (fig. 0.2)
            Aptenos: Moléculas pequenas que não apresentam imonogenicidade, não conseguem ativar o sistema imune.
            Reação cruzada: Ligação entre Ag e AC.
            Epítopos: Pequena região do antígeno capaz de ser reconhecida por uma Ac e se ligar a ele.
            Para ser imunogênico: Ser estranho, ter complexidade e maior peso melecular apresentando epítopos acessíveis e dosando a via de adiministração.