sábado, 18 de setembro de 2010

AULA 17/09/2010


Sistema complemento

            O sistema complemento é um dos principais mecanismos efetores da imunidade e é também um importante mecanismo efetor da imunidade inata. O nome sistema complemento é derivado de experimentos desenvolvidos por Jules Bordet após a descoberta dos anticorpos.
            O sistema complemento consiste em proteínas séricas e de superfície celular que interagem umas com as outras e com outras moléculas do sistema imunológico de uma maneira altamente regulada para gerar produtos que eliminem os microrganismos.
·         A ativação do complemento envolve a proteólise seqüencial de proteínas para gerarem complexos enzimáticos recém-agrupados com atividade proteolítica.
·         Os produtos da ativação do complemento se tornam ligados covalentemente às superfícies das células microbianas ou anticorpos ligados a microrganismos e a outros antígenos.
·         A ativação do complemento é inibida por proteínas reguladoras que estão presentes nas células do hospedeiro normal e ausentes no microrganismo.
          O sistema complemento é um conjunto de cerca de vinte proteínas no plasma. Possuem as seguintes funções: lise celular (rompimento de uma célula Ag); proteção de mediadores que atuam na inflamação e atraem fagócitos; opsonozação (facilita a fagocitose); cascata enzimática (que seria o conjunto de proteínas com função enzimática proteolítica com ação sobre outras proteínas, quebra de outras proteínas). (fig. 0.1) Essa cascata enzimática é ativada por três vias de ativação.


Vias de ativação do Complemento

            Existem três vias principais de ativação do complemento: a via clássica, a qual é ativada por certos isótopos de anticorpos ligados aos antígenos; a via alternativa, a qual é ativada nas superfícies das células microbianas na ausência de anticorpos; e a via da lectina, a qual é ativada por uma lectina plasmática que se liga a resíduos de manose nos microrganismos. (fig. 0.2)
            O evento central na ativação do complemento é a proteólise da proteína C3 do complemento para gerar produtos biologicamente ativos e a subseqüente ligação covalente de um produto de C3, denominado C3b, às superfícies das células microbianas ou aos anticorpos ligados aos antígenos.

Etapas da via alternativa
1- Clivagem espontanea de C3;
2- C3b se liga a superfície microbiana;
3- Ligação do fator Bb;
4- Forma-se C3 convertase
5- Quebra da C3;
6- C3b se liga a C3 convertase;
7- Formação da C5 convertase;
8- Quebra da C5, formando a C5 os outros processos serão iguais.
Etapas da via clássica
1- Ligação do Ac . IgM ou IgG
2- Ligação da C1 ao Ac;
3- Quebra da C4 e C2;
4- Formação da C3 convertase;
5- Quebra da C3;
6- C3b se liga a C3 convertase;
7- Formação da C5, formando a C5 os outros processos serão iguais.
Etapas da via lectina
1- Presença de Manose;
2- Ligação da lectina;
3- Quebra da C4 e C2;
4- Formação da C3 convertase;
5- Quebra da C3
6- C3b se liga a C3 convertase;
7- Formação da C5.



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